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A Geografia 

    Dos radicais gregos "geo" e "graphos", que significam respectivamente terra e escrever, surgiu a palavra Geografia. Ela é uma das mais antigas disciplinas acadêmicas e, inicialmente, foi chamada de história natural ou filosofia natural. Teve seu início na Grécia antiga, terra de origem da filosofia e das ciências humanas. Porém, este estudo não teve muita importância até o seu ressurgimento, durante o Renascimento e com os grandes exploradores dos séculos XIV e XV. Desde então, a Geografia foi se desenvolvendo até se tornar uma especialidade.

    No Brasil, a Geografia só passou a ser matéria das Instituições de Ensino Superior após a Revolução de 30. Nesta ocasião, foram criados os cursos superiores de Geografia e História, nas faculdades de Filosofia e também nos cursos de Administração e Finanças. Atualmente, a Geografia é uma ciência e um instrumento de extrema importância para toda a sociedade.

    A dinâmica e complexidade do mundo moderno, exigem pleno reconhecimento dos espaços físicos ocupados pelo homem e como a sua atuação influi na mudança das paisagens. Milton Santos, um dos geógrafos de mais expressividade no Brasil, define a importância dessa ciência em poucas palavras: "O papel da Geografia é explicar as relações que se estabelecem, ao longo da História, entre a Humanidade e o Planeta e a constituição das paisagens e espaços resultantes".

    Para nós do CAGEO, Geografia é a ciência que estuda a relação entre a sociedade e a Natureza, os processos de espacialização da sociedade, e como os fenômenos naturais e sociais estão distribuídos pela superfície terrestre. Para nós, que formamos a diretoria do CAGEO-UECE, a dicotomia discutida historicamente na Geografia, já está superada, onde defendemos que estudos, pesquisas e análises só são Geográficas se houver uma visão dual dos fenômenos físicos e sociais, pois estes estão interligados e relacionados, a realidade não é formada por elementos separados, como apregoavam as ciências e os cientistas anteriores á esta visão, mas sim complexa e possuindo várias relações.

    Acreditamos que se um cientista, que se diz Geógrafo, realizar apenas a análise humana e descartar os fenômenos físicos, ou quando ocorrer o contrário, para nós do CAGEO este não é um Geógrafo, pois a Geografia é a relação sociedade e natureza. Estes geralmente possuem uma visão limitada e doutrinária.

    Quando se dizem “geógrafos humanos” (usamos as aspas, pois não acreditamos em geógrafos humanos e nem físicos, mas sim em Geógrafos), estes possuem a visão bastante limitada e só conseguem observar seu ponto de vista, descartando totalmente a visão que lhe é apresentada, e a Geografia física para eles não passa de um meio, de uma ciência descritiva, onde muitos dizem que esta área não é geografia.

    E quando se dizem “Geógrafos físicos”, possuem uma visão mais fechada e tecnicista, onde não consegue observar as dinâmicas sociais que transformam o espaço, assim em seus estudos acabam invadindo a área de outras ciências. Não estamos afirmando que para se fazer Geografia não se pode utilizar de outras ciências, isto é de extrema importância, pois a realidade não é estanque, mas não podemos se considerar geógrafos APENAS analisando as composições da atmosférica, da litosfera, da hidrosfera. É lógico que estas análises são necessárias á geografia e fazem parte dela, mas só eles não são Geografia.

 

Proposta do CAGEO-UECE para uma Geografia dual, global e unida

 

    Não existe crítica sem apresentação de propostas de soluções, quando isto ocorre não é critica e sim ataques e tentativa de derrubar o pensamento alheio.

    A proposta de solução deste problema lançada pelo CAGEO-UECE, é que nós, estudantes, cientistas, técnicos e professores (que são os formadores desta ciência) primeiramente tenhamos uma formação e visão global da geografia.

    Como conseguimos isso? Estudando com mesmo gosto as duas áreas, analisando e procurando entender a relação que as duas possuem e dando valor ás duas áreas da geografia, a física e a humana, para depois nos concentrarmos e especializarmos em uma das áreas desta ciência. Parece fácil não é? Mas não existe conhecimento científico fácil e mnemônico (decoreba). Acreditamos que com esta visão da análise dual, passaremos a geografia para um novo patamar e irá evoluir, onde nós, internos da geografia, começaremos á valorizá-la (pois até mesmo nós, estudantes, cientistas, técnicos e professores de geografia, não valorizamos nossa ciência e até temos desprezo por ela, devemos ter desprezo por aqueles que á destrói), e só assim o mercado também nós valorizará, com nossa união e articulação, pois hoje a geografia é um Ciência desorganizada e desarticulada.

    Esta proposta procura chegar mais próximo aos novos ingressantes desta apaixonante ciência (que ainda não formaram seu conceito do que é geografia). E por que não também daqueles que não superaram ainda esta dicotomia e aqueles que insistem em deixar tudo separado, desorganizado e desarticulado, só pelo fato de não aceitaram nenhuma forma de união na academia e na sociedade. 

    Não estamos apenas fazendo uma crítica ferrenha e descartando trabalhos de muito Geógrafos que são importantes á geografia (apesar destes mesmos descartarem os trabalhos de seus antecessores, por acharem que estas pessoas, que estão á mais tempo fazendo geografia, não estavam fazendo Geografia), e sim estamos pedindo e propondo que os especialistas em uma dessas áreas (Geografia Humana ou/e Física) aceitem e concordem que os fenômenos físicos e naturais estão relacionados com os fenômenos humanos e sociais, e vice-versa. Acreditamos e pedimos á todos que construam conosco uma Geografia dual, global e unificada!  

 

 

Maracanaú, 22 de novembro de 2010

 

Rafael Brito Gomes

licenciando em Geografia 

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